domingo, 2 de setembro de 2012

OS NÚMEROS DA 35º EXPOINTER



Secretário da Agricultura

comemora números

Fonte: Imprensa Expointer

Luiz Fernando Mainardi, Secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, concede entrevista à imprensa após apresetação dos números da 35ª Expointer - Foto: Vilmar da Rosa/Seapa
Na entrevista coletiva que apresentou o balanço da 35ª Expointer, o secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi comemorou os números “fantásticos” da Feira. O faturamento da Expointer chegou a R$ 2,036 bilhões até as 15h deste domingo (02). “Todos estão sorrindo. É a maior Expointer já realizada”, comemorou o secretário.
Mainardi revelou que, ao todo, 1.405 pessoas trabalham na Feira, entre funcionários da Secretaria estadual da Agricultura e profissionais terceirizados de diversas áreas. “Nós cumprimos objetivos”, afirmou.
O presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas (Simers), Cláudio Bier, divulgou que até o momento haviam sido comprados R$ 2,02 bilhões em máquinas na Expointer. “Eu com certeza sou o que estou sorrindo mais nesta mesa. Não poderia imaginar que pudesse chegar a estas cifras quando o ex-governador Olívio Dutra nos concedeu o banhado no parque”, declarou. O Simers repassou R$ 1,6 milhão para o Parque de Exposições Assis Brasil.
Bier disse que parte significativa das compras foram de produtores gaúchos que vivem no Centro-oeste do país, mas que são atraídos de volta pelo “charme da Expointer”. “Nossos cavalos crioulos e outras coisas atraem os produtores a virem ao estado.” Já os negócios prospectados pelo Banco do Brasil na feira chegaram aos R$ 513 milhões – 69% a mais do que no ano anterior.
O vice-presidente da Farsul, Gedeão Pereira, elogiou as políticas de crédito do governo federal e de irrigação do governo estadual. “Um dos problemas que ainda temos é a falta de seguros, mas o seguro do produtor também está na sua água. E quando o governo federal baixou os juros de 5,5% para 2,5%, o Brasil transmitiu a mensagem que acredita no produtor”, defendeu Pereira.

O público do último dia de Feira até as 20h foi de 97.500, acumulando 478.500 desde o sábado passado, quando iniciou. Ao ser cumprimentado por diversos representantes de entidades por conta da boa organização da feira, o diretor do Parque de Exposições Assis Brasil, Telmo Motta, agradeceu com modéstia: “Não fizemos mais que nossa obrigação”.



                                                                 2011                             2012
PÚBLICO   
                                              456.365                        478.500
ARTESANATO EXPOARGS                     R$ 1.250.513                 R$ 879.130,00
AGRICULTURA FAMILIAR                      R$ 1.050.000,00            R$1.032.000,00
LEILÕES E VENDAS DE ANIMAIS          R$ 11.719.240,00           R$13.006.000,00
SIMERS                                                   R$ 834.700.000,00         R$ 2.020.000,00


Badesul – 733 protocolos totalizando R$ 570.449.719,63

Banco do Brasil – 3.343 protocolos, intenções e contratos que totalizaram R$ 513 milhões – crescimento de 69%

Banrisul – 766 propostas de financiamento que totalizaram R$ 51,89 milhões

BRDE – R$ 280,5 milhões incluindo protocolos, intenções e contratos de financiamentos. Cerca de 75% desse valor foram protocolos entregues efetivamente.

Sicredi – R$ 148 milhões até o meio-dia deste domingo.

domingo, 26 de agosto de 2012

CAMPEÕES DO FREIO DE OURO 2012

Balaqueiro do Nonoai e Sananduva do Salton vencem o Freio de Ouro 2012
Postada em 26.08.2012 Atualizado em 26.08.2012

 Chuva e barro. Emoção e ansiedade. Morfologia, função e raça. A final da 31ª edição do Freio de Ouro teve todos os elementos que fizeram da maior seletiva do cavalo Crioulo uma prova de apaixonados. A decisão da competição deste ano, realizada na tarde de 26 de agosto na pista do Parque Assis Brasil em Esteio/RS, foi um espetáculo para os olhos e um teste para o coração e os nervos.
Os troféus do Freio de Ouro foram para o cavalo Balaqueiro do Nonoai, exposto pelo Condomínio Balaqueiro dos municípios de Nonoai e Marau/RS e a égua Sananduva do Salton, do expositor Paulo Murilo Dias Lopes de Dom Pedrito/RS. Balaqueiro foi montado pelo ginete Cezar Augusto Freire e encerrou a prova com a nota 21,236, enquanto Sananduva teve a monta de Márcio Maciel e ficou com a nota final de 21,976.
O Freio de Prata das fêmeas ficou com Oraca do Itapororó, exposta por Aldo Vendramin e montada por Fábio Silveira e o de Bronze com Rapariga do Amanhecer, do criador Fábio Moura, com o ginete Daniel Teixeira. Abre Cancha da Onicron, de José Bueno e João Medeiros e montado por Adriano Streck foi o Freio de Prata nos machos. O Bronze da categoria ficou RZ Revuelto Cristal da Carapuça, montado por Daniel Teixeira e exposto por Luizantero Peixoto e filhos e Vitélio Rigão e filhas.

Desfile e comemoração
Na abertura da prova, ao meio dia, os 80 anos da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) foram lembrados com o desfile de tropilhas simbolizando os primórdios da seleção da raça, além de comissões montadas representando núcleos e modalidades oficiais do cavalo Crioulo.
A solenidade, coordenada pela ex-presidente e atual secretária da ABCCC, Elisabeth Lemos, e roteirizada pelo jornalista Renato Dalto, ainda contou com a execução dos hinos brasileiro e rio grandense durante o hasteamento das bandeiras, com a presença do governador do Estado do Rio Grande do Sul, Tarso Genro.

A grande decisão
Logo após a abertura, o público que, mesmo com a forte chuva que caiu durante todo o tempo, lotou as arquibancadas do parque, voltou a sua atenção para a pista de mangueira onde teve início a primeira etapa da decisão. Até então o equilíbrio entre as altas médias dos 28 concorrentes, que durante as primeiras fases apresentaram um desempenho uniforme e ficaram à frente de um total de 104 conjuntos, mantinham a prova em aberto em ambas categorias.
Oscilando entre as posições, cerca de oito éguas mostravam condições de chegar na ponta, na decisão das fêmeas. Algumas tiveram dificuldade na mangueira e foram penalizadas. Nos machos, os possíveis candidatos já se diferenciavam dos demais e mostravam melhor qualidade nos apartes e pechadas.
Sem intervalo a prova voltou à pista de campo para a Bayard-Sarmento, onde a avaliação dos giros e esbarradas deu ainda mais força aos líderes parciais. O resultado, como costuma ser no Freio de Ouro, só foi decidido após a última paleteada.

Coração valente e de Ouro
“Venceu a égua que melhor conseguiu manter a regularidade e a resistência para a última etapa. Ela foi muito constante, parelha e principalmente suave nos movimentos e com boa postura”, disse Ciro Manoel de Freitas, jurados das fêmeas junto de André Rosa e Francisco Fleck, sobre Sananduva.
Após alcançar o sexto lugar no Bocal de Ouro em e a quinta colocação no Freio em 2010 e um mau desempenho no ano passado, O título de Sananduva deu a sensação de realização. “Foi uma grande satisfação, sabíamos do potencial e sempre confiamos nela. Sananduva tem o coração de ouro”, disse Camila Seaba, da Cabanha Salton.
“Essa égua é uma lição de vida para mim. No ano passado faltou um pouco de experiência minha e esse ano eu falei que não iria perder para mim mesmo e foi o que aconteceu”, disse emocionado o ginete Márcio Maciel.
Rodrigo Py, jurado dos machos junto de João Arísio e Christina Mello, elogiou a alta capacidade funcional do vencedor da categoria e salientou a sua principal virtude. “Ele é um cavalo de um temperamento fora de série. Explode na hora que precisa e quando não precisa, descansa. Isso transmite muita confiança ao ginete”, avaliou.
Balaqueiro, quarto colocado no Freio de 2011 e no Freio Internacional, este ano em Montevidéu, também dava mostras de que poderia render mais. “Chamamos ele de coração valente porque ele não desiste nunca. Esse resultado estava guardado para ele”, disse Fábio Vaccaro, integrante do condomínio de criadores que detém a propriedade do animal.
Cezar Freire, que com o premio conquista o bi-campeonato da prova, também falou a respeito do cavalo gateado. “Quando vi a previsão de chuva pensei que seria bom para nós pois ele é um cavalo de muita força. Faz quatro anos que eu treino com ele e me apaixonei por esse cavalo desde a primeira vez. Ele tem um temperamento espetacular”.
Freire ainda levou para casa o prêmio de Ginete do Ano pelo terceiro ano consecutivo, e o domador e ginete Germano Chempceke teve o seu trabalho reconhecido com o prêmio de Domador do Ano.

Resultado

Fêmeas
Freio de Ouro
Sananduva do Salton, filha de AS Malke Cartucho e Setária do Rincão do Barreto
Criador: Paulo Murilo Barreto Dias Lopes, Dom Pedrito-RS
Expositor: Paulo Murilo Barreto Dias Lopes
Estabelecimento: Cabanha Salton, Dom Pedrito-RS
Domador: Afonso Jardim
Ginete: Marcio Maciel
Credenciadora: Júlio de Castilhos-RS (Média: 20,921)
Classificatória: Carazinho-RS (Média: 19,542)
Nota Final: 21,976

Freio de Prata
Oraca do Itapororó, filha de Jalisco de Santa Angélica e Fuzarca do Itapororó
Criador: Nestor de Moura Jardim Filho, Itaqui-RS
Expositor: Aldo Vendramin
Estabelecimento: Estância Vendramin, Palmeira-PR
Domador: Antonieto Rosa
Ginete: Fábio Teixeira da Silveira
Credenciadora: Balsa Nova-PR (Média: 22,108)
Classificatória: Bocal de Ouro (Média: 23,747)
Nota Final: 21,208


Freio de Bronze
Rapariga do Amanhecer, filha de Nácar do Purunã e Sendero Luna Llena
Criador: Fábio Bellotti Moura, Brasília-DF
Expositor: Fábio Bellotti Moura
Estabelecimento: Cabanha Nova Querência, Brasília-DF
Domador: Germano Chempceke
Ginete: Daniel Waihrich Marim Teixeira
Credenciadora: Julio de Castilhos (Média: 20,141)
Classificatória: Carazinho-RS (Média: 19,064)
Nota Final: 20,953



Machos
Freio de Ouro
Balaqueiro do Nonoai, filho de SBT Custódio e Etiqueta Tambaé
Criador: Fábio Vaccaro, Erechim-RS
Expositor: Condominio Balaqueiro
Estabelecimento: Cabanha Santa Luzia e Turra, Nonoai e Marau-RS
Domador: Adriano Medeiros da Silva
Ginete: Cézar Augusto Schell Freire
Credenciadora: Julio de Castilhos (Média: 20,284)
Classificatória: FICCC (Média: 19,254)
Nota Final: 21,236


Freio de Prata
Abre Cancha da Onicron, filho de Pergaminho AA e Quina Tupambaé
Criador: José Eduardo Bueno, Novo Hamburgo-RS
Expositor: José Eduardo Bueno / João Carlos Medeiros
Estabelecimento: Cabanha Onicron e Reservada, Novo Hamburgo-RS
Domador: Miguel Barbieri Marques
Ginete: Adriano A. Streck
Credenciadora: Camaquã (Média: 19,619)
Classificatória: Caxias do Sul (Média: 20,441)
Nota Final: 21,089


Freio de Bronze
RZ Revuelto Cristal da Carapuça, filho de Chicão de Santa Odessa e BT Abadessa
Criador: Rubens Elias Zogbi, São Paulo-SP
Expositor: Luizantero P. Peixoto e filhos e Vitelio Rigão e filhas
Estabelecimento: Fazenda Tarumã e Estância da Conquista, Julio de Castilhos e Lavras do Sul-RS
Ginete: Daniel Waihrich Marim Teixeira
Credenciadora: Julio de Castilhos (Média: 20,798)
Classificatória: FICCC (Média: 20,415)
Nota Final: 20,700

Grande final do Freio de Ouro 2012 tem transmissão ao vivo no Canal Rural e C2Rur



 
Grande final do Freio de Ouro 2012 tem transmissão ao vivo no Canal Rural e C2Rural

Evento vai ao ar no domingo, dia 26, direto do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS)


2012 está marcada para as 17h Depois de 12 etapas classificatórias, 102 cavalos crioulos disputarão nesta semana as provas finais do 31º Freio de Ouro, durante a Expointer 2012. As provas, que acontecem entre os dias 23 e 26 de agosto, terão transmissão ao vivo do C2Rural diretamente do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). A grande final, que acontece no domingo, dia 26, também será transmitida ao vivo pelo Canal Rural, a partir do meio-dia.
Na quinta, dia 23, será realizado o julgamento morfológico de fêmeas, às 9h, e de machos, às 14h. Na sexta, dia 24, estão marcadas as provas de andamento, figura, volta sobre patas e esbarrada, às 8h para fêmeas e 13h para machos. No sábado, dia 25, haverá a etapa inicial das provas de mangueira, às 8h, e da prova de campo, às 14h. No domingo, dia da grande final, acontecem as provas de mangueira, às 13h, Bayar-Sarmento, às 14h45min, e a prova de campo, às 15h30min. A premiação do Freio de Ouro

Prêmio Gerdau Melhores da Terra reconhece 10 vencedores na Expointer



Prêmio Gerdau Melhores da Terra 
reconhece 10 vencedores na Expointer
- Os vencedores são dos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul, além do Chile e da Argentina.
 
- A Comissão Julgadora percorreu mais de 49 mil quilômetros e entrevistou 339 produtores para definir os vencedores da categoria Destaque
 
Em sua 30ª edição, o Prêmio Gerdau Melhores da Terra, maior premiação da América do Sul para o setor de máquinas e equipamentos agrícolas, reconhece um total de dez vencedores na Expointer: oito produtos e dois trabalhos científicos. Os troféus serão entregues no dia 29 de agosto, a partir das 11h30, na usina Riograndense, localizada em Sapucaia do Sul (Av. Borges de Medeiros, 650).
“No ano em que o Prêmio comemora 30 anos de história, tivemos 600 participantes, mais do que o dobro do ano anterior, um reconhecimento à seriedade e à importância da premiação para o setor de máquinas e equipamentos agrícolas. É muito gratificante verificar que, ao longo dessas três décadas, estimulamos o aprimoramento tecnológico e o desenvolvimento sustentável do setor, contribuindo para o que o Brasil se tornasse um dos países com maior produtividade agrícola do mundo”, diz André B. Gerdau Johannpeter, Diretor-Presidente (CEO) da Gerdau. 
 
Nessa edição, a Comissão Julgadora percorreu mais de 49 mil quilômetros no Brasil, Argentina e Paraguai para avaliar os inscritos na categoria Destaque, entrevistando 339 usuários. Essa categoria reconhece equipamentos que estão em uso no mercado há, no mínimo, dois anos.
Desde a primeira edição do prêmio, em 1983, já foram mais de 800 mil quilômetros percorridos, com um total de 3,7 mil inscritos, 6,7 mil usuários entrevistados e 228 prêmios concedidos. Os membros da Comissão visitam pessoalmente diversas propriedades onde as máquinas e equipamentos inscritos na categoria Destaque são utilizados, para verificar seu desempenho in loco e obter a opinião dos usuários.
Uma importante inovação foi incorporada ao regulamento do Prêmio neste ano, com a divisão das categorias Destaque e Novidade em Agricultura Familiar e Agricultura de Escala, de forma a contemplar os equipamentos que melhor atendem cada um desses segmentos.
Segundo o Coordenador da Comissão Julgadora do Prêmio, Luiz Fernando Coelho de Souza, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), duas grandes tendências foram identificadas durante as visitas realizadas em 2012: o aumento da escassez de mão de obra, o que eleva a demanda por máquinas mais eficientes e com maior capacidade operacional, e a ampliação da padronização global em segmentos como colhedoras, semeadoras e pulverizadoras, até então um movimento mais observado no mercado de tratores. Esse será o último ano do especialista à frente da Comissão Julgadora do Prêmio, cargo que ocupa desde a primeira edição. A partir de 2013, a função será desempenhada por Renato Levien, também da UFRGS.
Vencedores
Categoria Destaque

Na divisão Agricultura de Escala, dois equipamentos foram premiados. O Troféu Ouro ficou com a Colhedora de Café Jacto K3, fabricada pela Jacto, de Pompéia (SP). Lançada originalmente há 30 anos, é a primeira colhedora autopropelida de café do mundo e representa o espírito do Prêmio: foi sendo aperfeiçoada ao longo do tempo e é uma referência na colheita mecanizada do café. A máquina, dotada de modernos sistemas informatizados de trabalho, satisfaz às atuais necessidades da cultura do café, que é carente, como as demais culturas do País, de mão obra capaz de manter o Brasil no lugar de maior produtor mundial de café.
 
O equipamento possibilita a colheita seletiva, retirando apenas os frutos maduros, e tem colaborado para a abertura de novas áreas de cultivo com relevo favorável, contribuindo para o crescimento desse importante segmento da agricultura brasileira. Atualmente, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento, o Brasil é responsável por 40% da produção de café no mundo. Além disso, a atenção dispensada ao produtor pelo fabricante é bastante eficiente, gerando grande satisfação dos usuários.

O Troféu Prata da divisão Agricultura de Escala da categoria Destaque foi concedido a um produto argentino: a Semeadora de Grãos Graúdos Gringa V, de até 45 linhas, fabricada pela Talleres Metalurgicos Crucianelli, da cidade de Armstrong, na província de Santa Fé. Comercializada também no Brasil, em especial na região Centro-Oeste, é voltada para o plantio direto de sementes graúdas, como milho, soja e feijão.

A Gringa V é um equipamento de grande porte, com sistema de transporte lateral e opção de dosagem de sementes por sistemas pneumático ou mecânico. Tem grande autonomia de trabalho e capacidade operacional, fácil regulagem e causa baixo impacto no solo ao abrir o sulco para as sementes. Assim como outras máquinas reconhecidas nessa edição do Prêmio, representa a busca por equipamentos tecnologicamente avançados, que supram a crescente escassez de mão de obra no campo.
A divisão Agricultura Familiar também conta com dois vencedores. O Troféu Ouro foi concedido ao Distribuidor Accura 1600, fabricado pela Kuhn do Brasil, de Passo Fundo (RS). O equipamento, utilizado para aplicação de fertilizantes e sementes pelo método de distribuição a lanço (forma de distribuição aleatória), tem permitido incorporar à agricultura familiar tecnologias antes disponíveis apenas para os grandes produtores, a um custo relativamente baixo, o que representa uma grande contribuição para o segmento. Além disso, por seu porte e capacidade, também pode ser utilizado em plantações de larga escala.

A máquina de acoplamento no sistema hidráulico do trator é de porte robusto e apresenta simplicidade de regulagens e operação, mantendo a precisão na uniformidade da distribuição de insumos e sementes. Como resultado, os usuários entrevistados pela Comissão Julgadora manifestaram alto índice de satisfação.
O vencedor do Troféu Prata foi o Trator 1055, da Agritech Lavrale, de Indaiatuba (SP). Trator compacto utilizado em lavouras que demandam uma baixa potência, como olericultura e fruticultura, o equipamento representa a porta de entrada para a mecanização agrícola para alguns produtores – tem uma boa distribuição e ampla aceitação do mercado, com vendas de cerca de 500 unidades por ano. Para produtores que trabalham com culturas, como cafeicultura e fruticultura, representa um importante ganho de eficiência, possibilitando a melhora dos resultados. Os usuários apontaram seu bom desempenho como o ponto forte do equipamento.
Categoria Novidade Expointer
 
O equipamento vencedor do Troféu Ouro da divisão Agricultura de Escala foi a Semeato, de Passo Fundo (RS). Com o apoio da fabricante de tratores CNH, a empresa desenvolveu um sistema de integração eletrônica entre a semeadora SOL TT e tratores utilizando o padrão ISOBUS, norma internacional de comunicação eletrônica entre tratores e implementos. O sistema dispensa o uso de vários terminais de cabine, rodando todas as funções apenas no monitor principal, que já faz parte do trator. Um conjunto de sensores na semeadora transmite os dados para o trator e o sistema apresenta as informações selecionadas pelo operador. Atualmente, cada função de monitoramento e controle é realizada por soluções eletrônicas específicas, e não integradas.
O avanço é significativo: a Semeato, em conjunto com a CNH, conseguiu materializar comercialmente um esforço de cinco anos entre mercado e comunidade acadêmica – a Força Tarefa ISOBUS Brasil, criada oficialmente em 2007 – para popularizar esse tipo de solução no País. A interface desenvolvida permite a comunicação da semeadora com qualquer trator que também contemple essa padronização no País.

O Troféu Prata em Agricultura de Escala foi para o Fecha Taipa Arrozeiro FTA 1600, da Agrimec, Santa Maria (RS). Utilizado em lavouras de arroz irrigado, presentes na região Sul do País, ele é o primeiro a permitir a construção dos canais de água da plantação, com paredes (taludes) bem formadas, bem como o fechamento de cada gleba plantada em uma única operação.
 O FTA 1600 substitui o arado e reduz a erosão das paredes do canal, além de permitir uma distribuição mais uniforme da água entre as glebas. É uma máquina simples e robusta, que executa uma tarefa fundamental para a lavoura do arroz irrigado.
O equipamento vencedor do Troféu Ouro da divisão Agricultura Familiar foi a Plantadeira Hyper Plus Camalhoneira, da Indústria de Máquinas e Implementos Agrícolas KF, de Cândido Godói (RS). A semeadora-adubadora foi desenvolvida para o plantio de sementes graúdas (milho e soja, principalmente) nas áreas anteriormente cultivadas com arroz, em solos de várzea irrigada – ela forma sulcos e camalhões (os trechos de terra mais elevados entre os sulcos), depositando as sementes graúdas nestes últimos. Assim, os sulcos funcionam tanto para a drenagem do excesso de água quanto para a irrigação, quando necessário.
A máquina também contribui para o controle de plantas daninhas, ganhos de produtividade nas lavouras de arroz subsequentes e, o mais importante, uso intensivo do solo com rotação de culturas. Ela pode ser utilizada tanto na agricultura familiar, como na de escala, por meio da adição de módulos.
O vencedor do Troféu Prata foi o Desensilador Frontal da Bandeirante Indústria e Comércio de Máquinas, de Passo Fundo (RS). Historicamente, o produtor familiar retira manualmente a silagem (ferragem depositada em silos, usada para alimentar os animais) do local onde está armazenada, para transportá-la até o rebanho. O desensilador permite a mecanização do processo: ele pode ser integrado à pá frontal de qualquer trator, cortando a quantidade necessária de silagem e depositando-a diretamente no equipamento de transporte.
Isso torna a operação muito mais ágil e não compromete a compactação do restante do material, que permanece no silo. Além disso, ele agrega mais uma função à pá carregadora do trator, conferindo mais produtividade ao equipamento. Dessa forma, a máquina da Bandeirante facilita o trabalho de criadores de pequenos e médios rebanhos, principalmente na produção de leite, foco dos produtores familiares.
Categoria Pesquisa e Desenvolvimento

A categoria dedicada aos trabalhos acadêmicos tem dois vencedores. Entre os pesquisadores, o trabalho reconhecido veio do Chile: Algoritmos para Planejamento e Acompanhamento de Trajetórias de Robôs Agrícolas, de Christian Correa, professor assistente da Faculdade de Engenharia Agrícola da Universidade de Concepción, e Lorenzo Vásquez, professor instrutor da Universidade de Tarapacá. A importância do trabalho deve-se à crescente utilização de máquinas autônomas – ou robôs – na produção agrícola, para suprir a falta de mão-de-obra, fenômeno cada vez mais presente. Utilizando um sensor Kinect (desenvolvido pela Microsoft para o mercado de videogames) acoplado a um pequeno veículo de eixo único, os pesquisadores utilizaram modelos matemáticos para desenvolver um algoritmo (uma lista de procedimentos a serem seguidos por um sistema) que permite a uma máquina definir a melhor trajetória de um ponto a outro, identificando e desviando de obstáculos que apareçam pelo caminho.
O sistema pode ser aplicado em tratores e colhedoras autônomos, por exemplo. Além disso, também pode guiar veículos que realizem o monitoramento de culturas (envolvendo diagnósticos do estado nutricional do solo, de infestação por pragas e doenças ou ponto ótimo de colheita) ou que sejam responsáveis pela aplicação de produtos químicos no solo.
Já no nível Estudante, a Comissão Julgadora selecionou como vencedor o trabalho Sistema Microprocessado para Aquisição e Armazenamento de Dados, cujo autor principal, Antonio P. de Camargo, é engenheiro agrônomo e estudante de Pós-Graduação no Departamento de Engenharia de Biossistemas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), da USP, em Piracicaba (SP). A equipe responsável pelo trabalho desenvolveu um sistema eletrônico de medição e armazenamento de dados a baixo custo – apesar de disponível hoje no mercado, esse tipo de equipamento normalmente é utilizado apenas por grandes produtores, por conta de seu preço elevado, e nem sempre pode ser encontrado de imediato no mercado nacional. A alternativa desenvolvida pelos pesquisadores poderia levar a tecnologia para pequenos produtores ou até mesmo ser utilizada pela agricultura familiar, ampliando o acesso ao sistema e propiciando ganhos de produtividade.
 
O sistema detalhado no trabalho é composto por dois módulos: o de aquisição, dotado de até 32 sensores de diversos tipos e responsável por coletar os dados; e o de armazenamento, que conta com um cartão de memória comum e guarda os dados para posterior análise. Dado o grande número de sensores possíveis de ser acoplados, o equipamento pode ser aplicado a vários usos diferentes, como, por exemplo, o manejo de sistemas de irrigação, avaliação de máquinas agrícolas ou o monitoramento da temperatura em locais de armazenamento de grãos, entre outras utilizações.
Sobre a Gerdau
A Gerdau é líder no segmento de aços longos nas Américas e uma das principais fornecedoras de aços longos especiais do mundo. Com mais de 45 mil colaboradores, possui operações industriais em 14 países – nas Américas, na Europa e na Ásia –, as quais somam uma capacidade instalada superior a 25 milhões de toneladas por ano. É a maior recicladora da América Latina e, no mundo, transforma, anualmente, milhões de toneladas de sucata em aço, reforçando seu compromisso com o desenvolvimento sustentável das regiões onde atua. Com mais de 140 mil acionistas, a Gerdau está listada nas bolsas de valores de São Paulo, Nova Iorque e Madri.




Legenda: Diretor-Presidente (CEO) da Gerdau, Andre B. Gerdau Johannpeter, ao centro, anunciou os vencedores do Prêmio Gerdau Melhores da Terra na manhã deste sábado, durante coletiva de imprensa realizada na feira Expointer, em Esteio (RS)
 
Crédito: Mathias Cramer/temporealfoto.com

Daiana Trevisan
Tel:  (55 11) 3526-4556
Fax: (55 11) 3526-4528
 

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Começa a 7º ExpoTapejara



Começa a ExpoTapejara


Aproveitando o feriado de dia do município muitos tapejarenses foram visitar o primeiro dia da 7ª ExpoTapejara, nesta quinta-feira, dia 9. A feira já iniciou surpreendendo com o número de público e deve reunir até domingo, dia 12, cerca de 70 mil visitantes no Parque de Exposições Ângelo Eugênio Dametto em Tapejara. Ao total são cerca de 180 expositores na área do agronegócio, prestação de serviços, indústria e comércio. Trazendo a temática “Inovação e Desenvolvimento” a feira tem em sua programação palestras, exposição de máquinas e equipamentos, feira comercial e industrial, além de apresentações artísticas e culturais. 
A abertura oficial aconteceu no final da tarde de ontem e reuniu autoridades locais, regionais e estaduais que destacaram a importância de mostrar as potencialidades do município que tem sido o oitavo que mais cresce demograficamente no estado e que possui uma economia voltada ao agronegócio. O presidente da ExpoTapejara, Cláudio Bée, salientou que o espaço de exposições principalmente na área de máquinas e agricultura familiar foi ampliado, visando oferecer melhor conforto para os participantes. Ao total são cerca de 250 espaços para exposição divididos em mais de 180 empresas expositoras. O presidente também falou que foram programados eventos diversificados para atender a todos os visitantes, principalmente por estar se comemorando os 57 anos de Tapejara.  O presidente da Assembleia Legislativa, Alexandre Postal, esteve presente na cerimônia e também falou da importância da realização desta feira para um município que é referência regional. O vice-prefeito, Vilmar Merotto, também falou sobre as potencialidades do município e sobre o desenvolvimento da cidade e a importância de se utilizar estes eventos para demonstrar a riqueza do município e da região. O presidente da Acisat, Carlos Eduardo de Oliveira, agradeceu a participação e o empenho de todos na realização deste que é um dos maiores da região norte do estado.  Também estiveram presentes na cerimônia, os deputados estaduais Gilmar Sossela, e Diogenes Basegio, além de outras autoridades regionais e locais.

Mais informações no site www.expotapejara.com.br.

(Publicado em 10/08/2012, jornal o nacional, Passo Fundo)

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

35º EXPOINTER



A cara e o jeito do Gaúcho
 


A convivência fraterna e harmoniosa entre o homem do campo e o homem urbano, numa verdadeira simbiose, retratam o ser único que é o gaúcho. De um lado, o produtor, o tratador de animais, o fabricante, o artesão, o artista. De outro, aqueles que vivem na cidade e que, nesta época do ano se reencontram e redescobrem suas raízes. Temos uma cara e um jeito que nos diferenciam.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Área destinada à soja deve crescer na região sul



 Área destinada à soja deve crescer na região sul

Aos poucos, a safra de grãos de 2013 começa a tomar forma, com o aparecimento das primeiras áreas semeadas com milho, principalmente no norte do Rio Grande do Sul. Segundo as informações que começam a chegar à Emater/RS-Ascar, o clima reinante entre os produtores para a próxima safra pode ser classificado como de euforia face aos preços registrados recentemente. Há uma expectativa muito forte para que a área destinada à soja registre crescimento em relação ao ano passado, principalmente onde a cultura não é expressiva, como nas regiões Sul, Campanha e Fronteira Oeste. A probabilidade de um clima estável, sem previsão de estiagens, segundo prognósticos da meteorologia, reforça essa tendência.

Conforme o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado nesta quinta-feira (2), as baixas temperaturas e a boa umidade do solo têm contribuído para o bom desenvolvimento inicial do trigo, que está, na maioria dos casos (99%), em crescimento vegetativo. Esse período maior de temperaturas baixas dá condições para o acúmulo de reservas pela planta, que poderá proporcionar maior número e tamanho de grãos na espigueta que começa a se formar. As lavouras mais do cedo entram a partir de agora nas fases de floração, perfazendo 1% do total plantado. Atualmente, as práticas culturais continuam sendo de controle de inços, adubação de cobertura e, em algumas áreas, o controle de doenças fúngicas.


A partir de agora, intensifica-se a principal prática cultural da estação fria, que é a poda seca ou de inverno nos parreirais, principalmente nas regiões mais quentes do Estado, como o noroeste e a central. Na serra, tradicionalmente, o ápice desta prática consolida-se no mês de agosto; porém, os viticultores que já estão realizando a poda vêm imprimindo, também, ritmo cadenciado no intuito de postergar ao máximo a instigação da nova brotação e, com isso, fugir dos danos de possíveis geadas tardias.


O retorno de dias frios com formação de geadas e/ou ocorrência de ventos gelados vem retendo o crescimento dos morangueiros, o desenvolvimento das floradas, o vingamento e a formação das frutas, principalmente na Zona Sul e na Serra. Por outro lado, porém, essas mesmas condições são benéficas à moranguicultura para a manutenção da sanidade e isenção do ataque de pragas. Como primeiras consequências, tem-se redução nos custos de produção, no tempo de manejo do pomar e, pós-porteira, ofertando produto ainda mais seguro e salutar.


Pastagens

Com o baixo volume de chuvas, associado às baixas temperaturas e às geadas que ocorreram no último período, as pastagens cultivadas apresentam um desenvolvimento vegetativo muito lento, principalmente o azevém, que teve uma germinação muito tardia e está praticamente paralisado, assim como o campo nativo. Em função de pouca oferta e da baixa qualidade nutricional de pastagens cultivadas, os produtores estão suplementando a alimentação dos animais com silagem e ração em maior quantidade que o normal. Com isso, os custos de produção estão mais altos. Na região de Lajeado, o preço do leite recebido pelo produtor teve um pequeno decréscimo no último mês, porém, as oscilações são atribuídas à redução da qualidade e da quantidade do produto entregue à indústria.

(Diário Popular 02/02/2012 – Pelotas)

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Sustentabilidade e irrigação marca lançamento da 35ª Expointer



Sustentabilidade e irrigação marca lançamento da 35ª Expointer

Fonte: Agro Link
O Governo do Estado lançou, nessa terça-feira (31), a 35ª edição da Expointer, que ocorrerá de 25 de agosto a 2 de setembro deste ano, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. A cerimônia de lançamento foi realizada no Centro Estadual de Treinamento Esportivo (Cete), em Porto Alegre. O local sediou, entre 1909 e 1972, as primeiras edições desta que se transformou em uma das maiores feiras do mundo voltada ao agronegócio.

Com o tema "Rio Grande mais sustentável, economia mais forte", a feira deste ano ampliará o debate sobre os benefícios da irrigação nas cadeias produtivas do setor primário. Além de palestras, seminários e demonstrações sobre a importância de ampliar a área irrigada nas lavouras gaúchas, a 35ª Expointer terá um espaço reservado à exposição e venda de máquinas e implementos agrícolas destinados à irrigação. Neste local - que será chamado de Quadra da Irrigação -, pelo menos nove empresas que operam a tecnologia apresentarão suas alternativas ao homem do campo.

Ao lembrar os danos causados pela estiagem nas lavouras do Estado, o governador Tarso Genro disse que o Poder Executivo não se omitiu e agiu proativamente durante o período. Segundo Tarso, o Governo estabeleceu interlocuções com todos os setores do agronegócio e encaminhou soluções concretas, como no caso da prorrogação das dívidas dos arrozeiros e no lançamento de programas específicos, como o Mais Água, Mais Renda. "Um dos objetivos é que tenhamos, em quatro anos, o mínimo de 30% da lavoura de milho irrigada. Isso é uma sustentação extraordinária para toda a cadeia produtiva que deriva do milho", projetou.

O chefe do Executivo também reafirmou a disposição do Governo em qualificar a Expointer, ao elaborar, em conjunto com as entidades representativas dos produtores, um projeto de remodelação e reorganização do Parque Assis Brasil. "Desenvolvemos uma grande operação de concertação com a iniciativa privada e órgãos do Estado, para que possamos dotar o Rio Grande de um grande cenário, que é o que todos os produtores merecem".

Segundo o secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa), Luiz Fernando Mainardi, duas linhas são trabalhadas neste projeto. "Estamos formatando o modelo de gestão e a forma de financiamento". Considerando a Expointer como "palco da afirmação de nossa produção primária", Mainardi, acredita que a feira continuará crescendo e mantendo, como destaques de vendas, os setores de máquinas e implementos agrícolas, cavalos crioulos e produção da agroindústria familiar. "Os nossos produtos agrícolas e pecuários estão mais valorizados. Os produtores estão estimulados e há financiamentos com recursos baratos, o que cria um ambiente favorável a novos investimentos, o que deve acontecer na Expointer".

Otimismo

Apesar de projetarem maiores dificuldades nos negócios em razão da estiagem, alguns representantes das entidades se mostraram otimistas, como o presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas (Simers), Claudio Bier. "Tenho certeza de que vamos chegar, no mínimo, ao mesmo número alcançado no ano passado", afirmou, ao declarar que "a irrigação será uma das vedetes dessa Expointer". Já o presidente da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), Eduardo Finco, afirmou que a programação intensa da Expointer novamente mostrará o que o Estado tem de melhor em genética de ponta para animais.

Agricultura Familiar

Também projetando um crescimento no volume de negócios, o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), Elton Weber, comemorou o aumento para 177 estandes no Pavilhão da Agricultura Familiar. "Temos uma perspectiva positiva e otimista". Em sua 14ª edição, o pavilhão organizado pela Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), MDA, Emater, Fetag, Fetraf e Via Campesina terá duas novidades.

Uma delas será a praça de orgânicos e de cachaça. "A outra será um pavilhão anexo que traz o espaço da agricultura familiar, do cooperativismo, da biodiversidade, da Emater/RS, Ceasa, espaço da comercialização e das escolas rurais", informou o secretário adjunto da SDR, Ronaldo de Oliveira.

35ª Expointer

Programada para os nove dias entre 25 de agosto e 2 de setembro, a maior feira agropecuária da América Latina abrigará 45,3 mil metros quadrados de pavilhões cobertos, 70 mil metros quadradas de área para exposição, sete mil vagas para estacionamento, 19 locais para julgamentos de animais e nove para leilões. Pelo menos 6,2 mil animais já estão inscritos. São esperados 500 mil visitantes.

Mais informações podem ser obtidas pelo site www.expointer.rs.gov.br.


domingo, 29 de julho de 2012

Agora é a vez do Pampa gaúcho - BIOMA PAMPA


Agora é a vez do Pampa gaúcho
Os pesquisadores do Projeto Biomas iniciaram esta semana a busca pela propriedade onde serão desenvolvidos os estudos do Pampa. Eles trabalham na região de Bagé, inserida em uma das mais lindas e características paisagens do Estado. A cidade que completou 201 anos e ainda exibe ares de província, está a 390 quilômetros da capital, Porto Alegre e tem, segundo o último censo do IBGE, 116 mil habitantes.

O Projeto Biomas nasceu da parceria entre a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Embrapa. A partir das pesquisas que estão sendo realizadas nos seis biomas brasileiros, serão propostos modelos inovadores de produção com o plantio de árvores nas propriedades rurais, além de recuperação das florestas ciliares.

“É uma região onde 60% do PIB vem da agropecuária, especialmente da produção de arroz e da pecuária de corte”, explica o analista da Embrapa Pecuária Sul, Marcelo Pilon. No entanto, a região da campanha (expressão utilizada pelos imigrantes italianos para designar o interior do Estado), também começa a apostar em outras culturas como a vitivinicultura e, mais recentemente, a plantação de oliveiras.

“Nessa fase, considerando, principalmente, tipos de solo, vegetação e sistemas de produção, serão escolhidas e caracterizadas as áreas experimentais e de referência, onde iremos implantar os projetos propostos pelos pesquisadores”, conta o coordenador do Biomas, Gustavo Curcio, da Embrapa Florestas.

Para isso, a equipe começou a visitar algumas propriedades rurais da região. Uma delas foi a fazenda Agropecuária Espantoso, localizada a 40 quilômetros de Bagé. “É interessante fazer pesquisas para ajudar os proprietários rurais. Se é para desenvolver, estamos dispostos a colaborar”, diz Odacir Pillão, proprietário do lugar.

“Uma característica desse bioma é a formação campestre, ou seja, em vez de florestas, há o predomínio de campo. Além disso, percebemos que os proprietários aqui, conservam a mata ciliar. A inserção da árvore associada a alguns sistemas de produção poderá suprir necessidades internas das propriedades rurais”, finaliza a também pesquisadora e bióloga Anette Bonnet.

Assessoria de Comunicação Digital da CNA
Reportagem especial de Larissa Trevisan
(61) 2109-1382
www.canaldoprodutor.com.br

Fonte: Assessoria de Comunicação Digital da CNA

Documentário único, que mostra a fundo como funciona a profissão de ecólogo para preservar o Bioma Pampa em casos de monoculturas. Produzido pela OLHO SELVAGEM PRODUÇÔES, dirigido por Gustavo Arruda, editado por Alexandre de Leon, pesquisador responsável Fabio Mazim e com o veterinário José Bonifacio. Venha conhecer a riqueza da fauna do Rio Grande do Sul !!!

Repercussão da crença popular



Sebastiana diz que na última semana teve fila na porta de sua casa para benzedura de todos os tipos (Foto Gilvan Peters/A Razão)




Repercussão da crença popular

Benzeduras fazem parte da cultura brasileira e são a esperança de muitas pessoas

No último final de semana, o jornal A Razão publicou reportagem especial sobre benzeduras. A matéria repercutiu durante toda a semana e a redação recebeu diversos telefonemas, emails e até mesmo visitas de pessoas querendo saber como encontrar as duas senhoras entrevistadas. Dona Sebastiana Alves de 72 anos e dona Helena Machado de 79 anos são benzedeiras há mais de 30 anos e se utilizam principalmente de arruda e água para realizar os serviços em pessoas, animais e alguns objetos.
Benzedura é o ato de curar uma pessoa doente ou livrar de mal estar aplicando gestos e preces com possíveis poderes ocultos, acompanhados por alguma erva, elemento da natureza e/ou objeto. Em alguns lugares, as pessoas fazem até mesmo filas para receber um passe. Apesar da resistência da ciência oficial, os efeitos das benzeduras são conhecidos há bastante tempo em todo o país. A sabedoria e algumas técnicas dos benzedeiros vêm dos conhecimentos trazidos da África pelos escravos. A sabedoria de cura através de elementos encontrados na natureza ainda são comuns mesmo com o avanço da medicina. Galhos de arruda, água, brasa, tesoura, ervas misturadas em vinho ou cachaça são bastante utilizadas.
Reconhecimento cultural - A professora do curso de História da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Beatriz Weber, fez sua tese de doutorado sobre o universo das formas peculiares de cura. A tese virou o livro Artes de Curar: medicina, religião, magia e positivismo na República Rio- Grandense. Para Beatriz, a medicina formal ainda tem uma série de fatores que não a faz acessível a todos e muitas vezes as doenças possuem fundo psicossomático. Dessa forma, as pessoas acabam procurando um recurso em que elas possam se reconhecer em seu universo cultural, por meio de experiência espiritual, conversa, linguagem acessível ou consolo. Assim, mesmo com recursos desenvolvidos da medicina, a população ainda recorre às benzeduras.
“Essa semana teve até fila”
Em Santa Maria, há um número significativo de benzedores. Alguns são bastante conhecidos e respeitados em suas comunidades, pois conseguem curar e/ou amenizar malefícios. Sebastiana Alves – a Bastiana, é uma dessas pessoas. Moradora do Bairro Caturrita, ela benze desde os oito anos de idade e relata que nunca procurou auxílio ou foi ensinada: “o dom vem na cabeça da gente”. Ela não cobra pelas benzeduras.
Bastiana conta que nesta última semana teve fila de carros na rua da sua casa e que desde que saiu no jornal o movimento aumentou consideravelmente. Ela diz que benzeu de tudo; para viagem, para doença e para amor. “Veio até uma senhora que estava separando do marido. Eu disse para ela não separar porque ela tem o filho para criar e que as brigas iriam passar e não se abandona a casa”, comenta. Dona Bastiana diz que deu uma água doce para a moça e que depois disso ficou tudo bem.
A benzedeira salienta a história de um rapaz que chegou à sua casa com dores de estômago e sem conseguir comer. “Eram duas feridinhas que estavam nascendo no estômago dele, eu receitei um remédio que não tem o sabor muito bom, mas se ele tomasse direitinho ia ficar curado.” Dona Sebastiana divide a casa com quatro cachorros e cinco gatos. Um desses cães chegou a sua casa com sarna e segundo ela, desde que começou a tratar dele com urina e sal a doença está melhorando.
Leitura do reencontro
Na última quinta-feira, quando mais uma vez o telefone da redação do jornal A Razão tocou, do outro lado da linha uma voz eufórica procurava saber sobre as benzedeiras. Desta vez, de uma forma especial. A funcionária pública Lia Mara Santos, queria saber como encontrar a dona Sebastiana, pois há muitos anos queria saber seu paradeiro.
“Não sabíamos se ela estava viva e ficamos muito felizes com a possibilidade de vê-la, tu tens o endereço dela?” De acordo com Lia, a dona Bastiana trabalhou durante muitos anos na residência de sua família e sempre foi muito querida por todos. Ao ficar sabendo da procura, a recíproca foi verdadeira. Dona Bastiana se lembrou de Lia e afirmou que também deseja reencontrar a família. “Eu lembro bem deles e guardei o jornal, eu sempre guardo”, disse Sebastiana. O reencontro proporcionado pela reportagem deve ocorrer nos próximos dias.
Dona Helena está no hospital
A benzedeira Helena Machado, moradora do Bairro Medianeira está hospitalizada desde domingo. De acordo com seu esposo Luiz Alberto Machado, ela pode receber alta até terça-feira, mas depende de como for o final de semana. “Ela está bem, mas não convém vir para casa e os médicos querem observar.” Machado diz que passa os dias no leito com a esposa, mas que quando está em casa, chegam pessoas em busca de benzeduras.
Como encontrar a benzedeira
Dona Sebastiana não cobra pelo serviço e diz que benze para todas as coisas, desde viagens, doenças, dinheiro e até amor. Ela diz que benze para o bem e atende em sua residência, na Rua José Barin – passa o Cemitério do Bairro Caturrita, no entroncamento com Vila Bela União.
(Publicado pelo jornal A Razão – Santa Maria / Postado em 28 / 07 / 2012)



Educação no campo é tema de artigo e leva São Gabriel ao Congresso de Cultura e Educação para Integração da América do Sul




 
Educação no campo é tema de artigo e leva São Gabriel ao Congresso de Cultura e Educação para Integração da América do Sul

SÃO GABRIEL - A realidade de uma escola do campo de São Gabriel foi o tema do Artigo da Pedagoga Lydia Assis Brasil.
O trabalho "Cortando a cerca: Uma Escola do Campo frente à Multiculturalidade Contemporânea" é fruto de um ano de pesquisas sobre as condições de acesso e oportunidades entre a zona rural e urbana. O artigo foi apresentando durante o Congresso de Cultura e Educação para a Integração da América do Sul, que aconteceu de 15 a 20 de julho na Universidade Federal do Paraná. O trabalho foi desenvolvido durante a Especialização em Interdisciplinaridade e Transversalidade, cursada pela professora, na Universidade Federal do Pampa, em São Gabriel.

Durante o Congresso foram debatidos temas como o meio ambiente, políticas públicas, identidade e migração. Ao todo foram organizadas mais de 40 mesas redondas com a participação de 53 debatedores internacionais, 51 nacionais e 37 de Curitiba e Região Metropolitana. O Artigo que representou São Gabriel, foi aplaudido de pé pelos participantes do congresso. "Cortando a Cerca" é o fiel retrato da realidade e das perspectivas futuras das escolas do campo.

No dia 30 de julho, a Pedagoga, Pesquisadora e funcionária Publica que atua na Secretaria Municipal de Educação, Lydia Assis Brasil, novamente com seu artigo, estará representando a cidade, desta vez, na Universidade de Caxias do Sul - UCS onde acontece o IX encontro da Associação Nacional de Pós Graduação e Pesquisa em Educação. A Prefeitura, por meio da SEME dá apoio à iniciativa da pesquisadora.


Sandra Lorenz
Assessoria de Comunicação


(Fonte prefeitura Municipal de São Gabriel)




Seminário da Agroindústria Familiar foi sediado em Frederico Westphalen



Seminário da Agroindústria Familiar foi sediado em Frederico Westphalen

Com a finalidade de promover o desenvolvimento local e de estruturar as agroindústrias familiares no Estado, foi realizado, nessa terça-feira (24), o Seminário Regional da Política Estadual da Agroindústria Familiar. Com a participação de mais de 130 pessoas, o evento oportunizou a reflexão, a informação e a aproximação de agricultores proprietários de agroindústrias familiares, lideranças e movimentos sociais ao Programa da Agroindústria Familiar da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR). O encontro foi realizado no Colégio Agrícola, em Frederico Westphalen.

O evento teve como foco, por meio de palestras, a Política Estadual da Agroindústria Familiar, o fluxo operacional do Programa da Agroindústria Familiar - Sabor Gaúcho e o arranjo produtivo local e as agroindústrias familiares. Na parte da tarde, foram formados grupos de trabalho que desenvolveram temas sobre comercialização, formalização e gestão. Também foram selecionados cinco delegados para representar a região e auxiliar no plano de trabalho com as demandas regionais, com vistas à realização de um Seminário Estadual da Agroindústria Familiar.

O secretário adjunto da SDR, Ronaldo Franco, ressaltou que a agroindústria familiar promove não só a geração de emprego e renda, mas também possibilita oportunidades para a sucessão familiar. Na mesma linha de pensamento, o gerente regional da Emater/RS-Ascar de Passo Fundo, Milton Rossetto, reforçou que a agroindústria familiar incrementa as economias locais e destacou algumas políticas públicas que abrem postos de comercialização como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

Em sua apresentação, o diretor do Departamento da Agroindústria Familiar da SDR, Ricardo Fritsh, apresentou o Programa da Agroindústria Familiar. Ele ponderou junto aos participantes que, em um primeiro momento, os consumidores compram com os olhos e, por isso, além da qualidade do produto, é necessária uma boa apresentação da embalagem e rotulagem, e nisso a SDR e a Emater/RS-Ascar dão apoio por meio do Programa. Segundo Fritsh, o RS tem mais de 7.600 agroindústrias na informalidade. A meta até 2014 é trazer 2.000 agroindústrias familiares para a formalidade. Hoje, na região do Médio Alto Uruguai, existem 34 agroindústrias cadastradas no Programa.

Entre as ações do Programa da Agroindústria Familiar estão o apoio à implantação e à legalização; a concessão do direito do uso do selo Sabor Gaúcho; a assistência técnica e extensão rural, essa realizada pela Emater/RS-Ascar; o apoio na comercialização por meio de feiras, eventos, pontos de venda e mercados institucionais; qualificação profissional; confecção de rótulos; e placas indicativas de trânsito, visando à divulgação das agroindústrias.

Para validar a importância da agroindústria familiar, o diretor da SDR apresentou os resultados de uma pesquisa feita pelo Ministério da Integração, em 2004, nos três Estados do Sul. “Em 74% das propriedades com agroindústrias familiares não ocorreu migração de nenhum membro para o meio urbano. E, em 37% dos casos, aconteceu a migração de volta para o meio rural de indivíduos do grupo doméstico que estavam na cidade”, finalizou.

Na oportunidade, a assistente técnica regional da Emater/RS-Ascar, Doriana Miotto, que é coordenadora regional do setor da Agroindústria pela Instituição, apresentou o fluxograma e os trâmites que as agroindústrias familiares precisam seguir para se cadastrarem no Programa. Entre os pré-requisitos estão os cursos de Boas Práticas de Fabricação, de Gestão e de Processamento de Alimentos.

Os participantes assistiram ainda à palestra do professor e doutor em Desenvolvimento Rural Sustentável, Arlindo Jesus Prestes de Lima, sobre Arranjo Produtivo Local (APL) e agroindústrias familiares. Ele fez um resgate histórico, falou da formação dos municípios e da dinâmica agrária. Entre os desafios estão conciliar formalização e a viabilidade econômica e financeira.

Durante o Seminário, três agroindústrias de Frederico Westphalen receberam o certificado de inclusão ao Programa, são elas: Produtos Magalscki, Casa do Mel Gaitcoski e Rapaduras Vitalli.

Para Albino Gaitcoski, da agroindústria Casa do Mel, o evento foi proveitoso. “Foi muito produtivo e a gente leva conhecimento”, disse ele. A sua agroindústria conta com o trabalho de quatro pessoas da família. Na última safra a produção foi de cinco mil quilos de mel.

Após as apresentações dos trabalhos dos grupos que trataram da formalização, gestão e comercialização, ficaram definidos como delegados da região: Vilmar da Silva Pias, Salete Maria Romitti, Diego Monteiro, Selvino Kosvoski, Wagner Rogério Bohn, Arni Nelson Hoffmann. 
(Jornal O Nacional - Passo Fundo / Publicado em 25/07/2012 13:34:07)